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Ousaria eu dizer que não há registro algum de que qualquer uma daquelas muitas e sombrias passagens fossem reais. Toda vez que se lembrava da infância, Ramon tinha certa dificuldade de diferenciar o que era uma lembrança e o que era uma construção. Tudo parecia tão distante, tão obtuso. À medida que envelhecemos tendemos a esquecer nossa infância, não da mesma maneira que esquecemos a adolescência ou o início da vida adulta.”
OTÁVIO CORREA é mineiro, nascido e criado em Belo Horizonte, e vive no coração da cidade. É escritor e designer, amante do cinema e literatura contemporânea. Faça-me uma festa ou lhe roubarei os balões é seu primeiro romance.
Autor
Você teria coragem de se desnudar em uma obra literária? Se sentiria confortável em saber que pessoas desconhecidas terão contato com essa obra? Pois bem, nas páginas deste livro, escrito diria eu, como em uma espécie de delírio, você irá conhecer o alter ego do autor e percorrerá páginas de uma história alucinante, reveladora e por vezes surpreendentes. Convido você para adentrar o universo conflituoso de Otávio, ops, da personagem central desse livro. Vem comigo?
Paulo Fernandes
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Um ser de multiplicidades, Otavio Correa escreve como sente: intenso. A obra reflete seu amplo repertório cultural, e, igualando-se ao seu perfil frenético, é construída de forma não linear, o que atrai o leitor a se conectar com seu ritmo.
A vida de um jovem à procura de si mesmo é apresentada nesse romance de estreia. Ramon perpassa cada fase com os questionamentos provocados pelas experiências contraditórias à sua criação familiar. A busca por respostas o faz reflexivo e poético, “vulnerabilidade é uma escolha difícil para aqueles de nós com muito a esconder. E quanto tinha que esconder…”.
A história é narrada principalmente na cidade de Belo Horizonte, com relatos das vivências
com os amigos, familiares, trabalho e nas relações eróticas. Apresenta uma jornada à procura da verdade, a partir do descobrimento íntimo da “vida não vivida dentro de mim” e suas consequências. Ao longo das páginas, o autor retrata os desafios de aceitação e amor próprio, com o protagonista explorando não apenas sua sexualidade, mas também as tonalidades de suas emoções e conexões de vida.
Uma obra que inspira, emociona e ressoa com a universalidade humana em direção ao entendimento de quem somos e quem desejamos nos tornar. Saiba se permitir, ser e sentir.
Ana Maria Pinheiro Lima
Sinopse
A vida não vivida dentro de mim...
Ramon se muda do interior para BH, e junto de Hugo e Alana, sua “satírica trindade”, vive seus dias de estudante com uma dose elevada de poesia, arte e boemia, se tornando um poeta, nostálgico por uma vida que ele não viveu. Essas e outras mudanças vão transformando Ramon, que começa sua própria trajetória para viver uma vida que faça sentido pra ele.
A história de Ramon surge de uma necessidade: contar a trajetória de um menino que está em busca de sentido na vida, em busca da verdade, pois a vida que
ele conheceu não dá mais conta de suprir a verdade que a vida que ele vive agora necessita. A metamorfose de Ramon, um tanto grotesca e quase sem sentido, nasce de uma mistura de experiências íntimas e pessoais de seu criador e outras experiências compartilhadas. O sentimento de solidão, dúvida e desejo é amplificado a partir de experiências reais que ganham novo sentido e dimensão na narrativa.
Em uma jornada de auto conhecimento, em busca do amor, amizade e sentido da vida, ele encontra deus ao encontrar e amar a si mesmo.
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ADILSON LUIZ QUEVEDO é escritor e mestre em Filosofia pela UFMG. Autor do livro de contos “A volta ao mundo de um tal Jacob von Warburton” (Leme, 2015) e do romance “Notícias da Contenda” (Leme, 2019). Adilson foi revisor e preparador de original de Faça-me uma festa ou lhe roubarei os balões.
@adilsonluizquevedo
THALLES OLIVEIRA é ilustrador e designer, natural de Minas Gerais. Apaixonado por quadrinhos e cinema, inspirado pelo cotidiano e seus personagens, acredita que o desenho se forma quando o olhar se demora. Thalles ilustra a capa de Faça-me uma festa ou lhe roubarei os balões.
@dddthalles
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